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Tsipras: fim da Troica seria bem-vindo; Europa deve se voltar para o crescimento

09:20 | 02/02/2015
O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, afirmou nesta segunda-feira que considera bem-vinda qualquer decisão de cancelar as missões da Troica. Em coletiva de imprensa com o presidente do Chipre, Nikos Anastasiades, o líder grego afirma que irá negociar com os credores e que não busca uma solução alternativa, como um empréstimo bilateral firmado com a Rússia.

"Quero garantir que o novo governo grego fará uso total do mandato dado pelo povo. Um mandato para negociar fortemente, dentro das regras europeias", afirmou Tsipras. "Eu devo admitir que não estava esperando encontrar tantas forças que irão nos ajudar no trabalho do governo de mudar o rumo não apenas da Grécia, mas da Europa".

Tanto Tsipras quanto Anastasiades veem como positiva uma suposta dissolução da Troica. O Chipre também está em disputa com credores da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE), porque seu Parlamento não aprovou uma lei acordada entre governo e inspetores da Troica.

"A abolição da Troica é um desenvolvimento maduro para a Europa. É um passo necessário, porque a Europa precisa de espaço para respirar após quatro anos difíceis... Se confirmado, o cancelamento da Troica seria um bom começo", avaliou Tsipras. O primeiro-ministro reiterou que a estagnação e a deflação são grandes armadilhas à Europa, e que a região deve tomar decisões para retomar a agenda de crescimento.

Tsipras sublinhou que o governo da coalizão do partido Syriza marca a mudança rumo ao crescimento, o emprego e a coesão social e que os temores da saída da Grécia da zona do euro "pertencem ao passado".

Em relação a um possível empréstimo bilateral com Moscou se as negociações com os credores falharem, Tsipras disse apenas que está em negociação com parceiros da União Europeia e que "não há outra ideia atualmente na mesa". Sobre as sanções impostas à Rússia, Tsipras e Anastasiades sublinharam a importância de atuarem como uma ponte entre os dois lados em fóruns internacionais para encontrar uma solução pacífica. Fonte: Market News International.

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