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Setor exportador precisa de previsibilidade no câmbio, defende ministro

12:30 | 02/02/2015
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, comentou nesta segunda-feira, 2, as declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de que o governo não tem a intenção de manter o câmbio "artificialmente valorizado". "Evidentemente, ninguém fixa artificialmente taxa de câmbio, mas, por outro lado, o setor exportador precisa de previsibilidade; isso significa que câmbio não pode ser muito oscilante e volátil", afirmou, após encontro com empresários na FecomercioSP, no centro da capital paulista.

Na última sexta-feira, 30 de janeiro, Levy mencionou a questão cambial ao responder pergunta de um economista do Bradesco sobre como o governo planeja contribuir para a indústria brasileira, especialmente a que exporta, conseguir se reerguer. Levy afirmou que o câmbio é uma variável que não se pode controlar com facilidade e afirmou não ter a intenção de manter o câmbio "artificialmente valorizado". "Não faremos grandes operações no câmbio", disse.

Monteiro afirmou ainda que "gostaria de adicionar" sua opinião à colocação do ministro Levy e disse que para ele "o câmbio não pode ser usado também como instrumento de combate da inflação". "O câmbio é um preço importante na economia e, portanto, precisa produzir um equilíbrio no processo concorrencial", afirmou.

Assim como fez na palestra para cerca de 70 empresários, Monteiro voltou a defender a necessidade dos ajustes fiscais que estão sendo feitos pelo governo e disse que eles são fundamentais para reequilibrar a economia. "As medidas são duras no curto prazo, mas todos reconhecemos a necessidade delas", disse.

Diálogo

O ministro disse ainda que o Plano Nacional de Exportações, que deve ser anunciado em março, está sendo construído com outras pastas e com o setor privado. "O plano tem um interface fundamental com outros ministérios, como a Fazenda, no que diz respeito às medidas de caráter tributário e financiamento, e o de Relações Exteriores, para tratar questões de política comercial e acordos", disse. "O Plano Nacional é do governo; não do meu ministério", disse.

Entre as medidas que podem constar do plano, o ministro defendeu a manutenção do Reintegra e uma ampliação do Programa de Financiamento às Exportações, o Proex. Segundo ele, são iniciativas que têm um pequeno impacto fiscal.

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