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Setor de serviços dá sinais de deterioração, dizem RC e Opus

14:30 | 20/02/2015
A queda na receita real do setor de serviços no mês de dezembro e no ano de 2014 é um sinal claro da deterioração da atividade econômica. Na avaliação do sócio e economista-chefe da Opus Investimentos, José Márcio Camargo, o resultado sinaliza que o PIB no quarto trimestre de 2014 tende a ser negativo.

O setor de serviços registrou o menor crescimento da série histórica em sua receita nominal no ano passado, com alta de 6% ante 2013, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação de dezembro do ano passado com o mesmo mês de 2013, a receita nominal cresceu ainda menos. O aumento foi de 4,2%.

"A pesquisa é um sinal bastante importante da redução do nível de atividade do setor de serviços. Isso vai afetar a economia como um todo porque o setor responde por cerca de 60% do PIB brasileiro", diz Camargo.

Para o economista, a desaceleração na geração de empregos no setor de serviços, registrada nos dados do Caged, tende a se acentuar. À medida que o setor tem menor crescimento real, a criação de vagas na área será afetada, contribuindo ainda mais para a desaceleração da atividade do setor e da economia como um todo.

RC Consultores

Opinião semelhenta tem o economista da RC Consultores, Marcel Caparoz, a queda de 0,1% em termos reais no volume total de serviços ofertados mostra claramente a deterioração do setor. "O volume de serviços que está sendo ofertado está caindo. E para o crescimento do PIB, o que realmente importa é o a queda no volume", diz Caparoz.

O economista afirma que a tendência para 2015 é que o crescimento no volume de serviços para as famílias zere ou migre para o campo negativo. "(A tendência é essa) porque a renda das famílias está se deteriorando, com a inflação alta e os juros subindo", diz Caparoz.

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