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São Paulo leva a ministro Braga proposta de gasoduto para gás do pré-sal

12:40 | 05/02/2015
O secretário de Energia de São Paulo, João Carlos Meireles, discutiu nesta quinta-feira, 05, com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, a proposta de construção de um gasoduto para levar o gás do pré-sal de Santos (SP) até a capital paulista. O projeto, tocado por empresas privadas, é defendido pelo governo paulista como uma estratégia para aumentar o suprimento do combustível no Estado, com o propósito de garantir a oferta para usinas térmicas de energia que dependem de gás.

"O que nós precisamos são novas fontes de gás. Um das propostas do setor privado é esse novo gasoduto, entrando pelo estuário de Santos e subindo para uma faixa de domínio já existente de oleodutos e gasodutos que vão para a plataforma de São Paulo", disse Meireles. "É um projeto de gasoduto que estamos sintonizando com o governo federal, usando gás da plataforma marítima que está no Estado de São Paulo." O problema é o tempo necessário para construção da estrutura de transporte. Segundo o secretário, são necessários entre 24 e 30 meses para conclusão do projeto.

Hoje, o parque térmico nacional possui 22 mil megawatts de potência, mas tem utilizado cerca de 16 mil MW, porque outros 6 mil MW permanecem em manutenção.

São Paulo consome hoje 22% da energia do País. O Estado, segundo Meireles, tem buscado alternativas para ampliar a geração térmica e aliviar a demanda por energia elétrica. Segundo o secretário, hoje o gás importado da Bolívia já está totalmente alocado. "Além disso, o gás do campo de Mexilhão vai fundamentalmente para o Rio e gasodutos para o Nordeste", comentou.

"Tivemos uma reunião para definir como podemos colaborar nesse sentido, seja com a interligação das usinas de cana-de-açúcar na rede de alta tensão para que essa energia seja imediatamente consumida, seja ampliando o estímulo para geração distribuída nos grandes consumidores", afirmou, ao deixar o ministério.

Sobre a escassez de água que afeta São Paulo, Meireles declarou que o Estado tem tomado medidas para coibir o consumo exagerado, como multas para quem consome acima da média. "Passamos um ano inteiro falando sobre escassez de água e energia, no entanto, tem gente vive no mundo de Marte", afirmou, referindo-se a casos em que pessoas têm usado água em excesso. "Nós demoramos a impor a penalidade, não é porque quiséssemos penalizar ninguém, mas é porque esperávamos o apoio de todos."

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