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Nível de emprego da indústria paulista cai 0,38% em janeiro, diz Fiesp

14:20 | 12/02/2015
O nível de emprego da indústria paulista caiu 0,38% em janeiro ante dezembro de 2014, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira, 12, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na mesma base de comparação, o Índice de Nível de Emprego caiu 0,10% na série sem ajuste sazonal. Ao comparar janeiro de 2015 com o mesmo mês do ano passado, o nível de emprego caiu 5,06%. A indústria paulista teve um saldo positivo de 2.500 contratações em janeiro ante dezembro do ano passado.

Na comparação com janeiro de 2014, quando foram contratados 6.500 empregados, houve uma queda de 4 mil contratados. No acumulado de 12 meses até janeiro, foram cortadas 133 mil vagas na indústria paulista. Dos 22 setores nos quais a Fiesp divide a indústria no Estado, 13 contrataram, 6 demitiram e 3 permaneceram estáveis.

A indústria de produtos de borracha e materiais plásticos foi a que mais contratou em janeiro, com 1.960 empregados, seguida pelo setor de preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, com 1.105 admissões. Já a indústria de confecção de artigos de vestuário e acessórios liderou em demissões com o fechamento de 1.152 postos de trabalho, seguido pelo segmento de produtos de minerais não metálicos com 988 funcionários demitidos.

Apesar de ser positivo, desempenho de janeiro foi considerado "fraco" e ainda não sugere um início de recuperação do setor manufatureiro, segundo informou o gerente do Departamento de Pesquisa e Estudos Econômicos (Depecon) da (Fiesp), Guilherme Moreira. "Precisaríamos de um 2015 com fortes contratações para compensar as demissões de 2014. Janeiro é o primeiro mês, ainda é cedo para fazer qualquer projeção, mas é um número fraco", relatou.

Segundo ele, a combinação entre um desempenho ruim da indústria em 2014 e a falta de perspectivas positivas para 2015 gera incertezas e derruba a confiança do empresário em relação a uma possível recuperação. "Quando olhamos para 2015, o empresário tem um leque de más notícias que afeta o planejamento dele", disse, citando os juros elevados, as crises hídrica e energética, o aumento dos custos e o potencial aumento da carga tributária.

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