A Volkswagen atribuiu a queda do Gol para o sétimo lugar no ranking mensal de vendas de automóveis em janeiro à "falta de oferta do modelo" causada pela greve que afetou a fábrica de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, no início do mês passado.

Em nota à imprensa, a montadora afirma que a "falta de produção ocasionou uma postergação no início do faturamento do modelo", que só teria começado a chegar às concessionárias de todo o País no final de janeiro. A Volks prevê, contudo, que as vendas do modelo "caminharão para a normalização" ao longo dos próximos meses.

No primeiro mês de 2015, foram emplacadas 7.866 unidades do Gol, cerca de 6,5 mil a menos que o Palio, modelo da Fiat que retomou a liderança das vendas no País. O Palio estava no topo do ranking mensal desde julho, mas, em dezembro, tinha sido ultrapassado pelo hatch da Volks.

Essa ultrapassagem, contudo, não foi suficiente para garantir a liderança anual conquistada pelo modelo da fábrica alemã durante os 27 anos anteriores, e o Gol encerrou 2014 como segundo carro mais vendido do Brasil, perdendo para o Palio por uma diferença de 385 unidades.

Greve

Funcionários da unidade de São Bernardo paralisaram as atividades entre 5 e 16 de janeiro, em protesto contra o anúncio da demissão de 800 trabalhadores. Os cortes, no entanto, foram revogados em acordo que encerrou a greve e previa a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para ajustar um excedente de 2,1 mil trabalhadores.