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Governo não sinaliza benefícios ao setor, mas Anfavea espera 2º semestre melhor

14:10 | 05/02/2015
Apesar da queda nas vendas, paralisações temporárias na produção, demissões e perspectivas nada animadoras, a nova equipe econômica não tem dado nenhuma sinalização de que pretende conceder desonerações ou benefícios para a indústria automobilística, como em anos anteriores.

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, todos os ministros com os quais se reuniu até o momento reconhecem a importância do setor, mas têm defendido, em primeiro lugar, a necessidade de ajuste fiscal como uma "rota" para a retomada de um crescimento sustentável da economia.

Moan já se reuniu com Joaquim Levy (Fazenda); Nelson Barbosa (Planejamento); Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior); Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência). Nas reuniões, a Anfavea tem apresentado a conjuntura e as perspectivas de médio e longo prazo para o setor automotivo.

"Todos eles reconhecem a importância do setor para a economia brasileira, mas têm explicado a necessidade do ajuste fiscal. Medidas que são apoiadas pela Anfavea, pois acreditamos que são estruturantes e vão criar uma rota de crescimento sustentável do setor e da economia como um todo no futuro", afirmou o executivo.

Moan prevê que as mudanças na política monetária e fiscal anunciadas recentemente devem começar a ter efeito já a partir do segundo semestre deste ano, quando ele acredita que a sociedade terá "assimilado" o ajuste. Na avaliação dele, isso ajudará a construir uma nova base de confiança tanto para os consumidores quanto para investidores.

Diante dessas perspectivas, o presidente da Anfavea acredita que o segundo semestre poderá ser melhor para o setor. Por conta disso isso, a entidade mantém as previsões de crescimento de 4,1% na produção, de 1% nas exportações em unidades e de estabilidade nas vendas em 2015 ante 2014.

Em janeiro, a produção caiu 13,7% ante o mesmo mês do ano passado (reflexo das paralisações de trabalhadores que atingiram o setor) e deverá cair novamente em fevereiro, com as paradas do setor produtivo na semana do Carnaval. Já as vendas e as exportações caíram 18,8% e 27,9%, respectivamente.

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