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Crise energética exige economia imediata, dizem pesquisadores do Coppe/UFRJ

15:10 | 02/02/2015
Pesquisadores do Coppe, instituto de pós-graduação em engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), alertaram o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, que a medida imediata de curto prazo necessária para lidar com a crise energética enfrentada pelo País é a economia de energia.

"Chamar isso de racionamento ou não é uma questão política", afirmou na tarde desta segunda-feira, 2, o diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobras. Para o diretor da Coppe/UFRJ, já passou da hora de tomar medidas.

No próximo dia 9, alguns pesquisadores terão uma audiência com o ministro Braga, informou Pinguelli, ao abrir o seminário "A Crise Hídrica e a Geração de Energia Elétrica", promovido pela Coppe/UFRJ no Rio. Segundo o professor, foi enviado ao ministro um estudo de Roberto D'Araujo, diretor do Instituto de Desenvolvimento do Setor Energético (Ilumina).

Tanto Pinguelli quanto D'Araujo reconheceram que 2014 foi um ano de seca severa, mas a situação não é inédita, pois há registros históricos de anos com menos chuvas. Em sua apresentação, D'Araujo chamou atenção para decisões tomadas em 2012.

Segundo ele, naquele ano, embora a situação hidrológica fosse de menos chuvas que o normal, as usinas térmicas responderam por apenas 10% da geração de energia. Em outubro de 2012, o uso das térmicas saltou de repente.

Na análise de D'Araujo, às vésperas de adotar as medidas que levaram à redução da conta de luz, no início de 2013, o governo privilegiou a redução das tarifas. "Houve uma obsessão por tarifas baixas", afirmou D'Araujo. Para ele, as mudanças colocaram o preço no centro das decisões. Seria preciso, então, "rever tudo" e fazer reformas profundas.

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