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Brasil é o 5º país da AL mais exposto à desaceleração da China, avalia Moody's

13:40 | 04/02/2015
O Brasil é o quinto país da América Latina mais vulnerável ao crescimento mais lento da economia chinesa na avaliação da agência de classificação de risco Moody's, em relatório "América Latina: Vulnerabilidade à desaceleração do crescimento da China varia por setor".

Com exportações à China representando 7% do PIB, o Chile é o país mais exposto. Em seguida, aparecem Venezuela, Uruguai e Peru, onde, assim como no Brasil, as vendas externas para o gigante asiático representam 2,4% ou mais dos respectivos PIBs.

"No geral, contudo, a exposição à desaceleração do PIB da China é limitada, uma vez que as exportações para a China representam aproximadamente apenas 2% do PIB total da América Latina, a exposição geral mais baixa entre os mercados emergentes", pondera a agência de classificação de risco.

A Moody's afirma que Venezuela e Equador possuem outro fator "potencial de vulnerabilidade" à desaceleração da economia chinesa: o financiamento preferencial e substancial que recebem do país asiático.

Entre os setores corporativos da América Latina, a Moody's avalia que as exportações de metais básicos e minério de ferro são as mais expostas, uma vez que a China responde por mais de 40% da demanda mundial por alumínio, cobre, níquel e zinco.

"As empresas mineradoras do Chile e do Peru estão particularmente expostas à qualquer desaceleração no crescimento da China", destaca. Segundo a agência, a demanda por celulose também pode ser afetada pela desaceleração da economia chinesa, maior produtora de papel do mundo.

"Mas os produtores latino-americanos de celulose têm estruturas de baixo custo e posições de liderança na indústria, o que dá a eles uma ampla reserva para suportar ciclos de baixa da indústria", pondera a Moody's.

O "cenário central" considerado pela agência é de desaceleração do PIB chinês para 7% em 2015-16, ante 7,4% em 2014. No relatório, a empresa também considera a possibilidade de a economia chinesa crescer "apenas 5%", cenário considerado "muito menos provável".

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