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67,7% dos consumidores de Fortaleza possuem dívidas

O valor médio das dívidas é de R$ 1.254 e 84,1% dos consumidores disseram fazer orçamento mensal dos seus gastos

10:07 | 26/02/2015
Pesquisa sobre o Endividamento do Consumidor de Fortaleza realizada este mês, revela que 67,7% dos consumidores da capital cearense possuem algum tipo de dívida. O resultado mostra um aumento de 1,0 ponto percentual no índice geral de endividamento, com relação ao último mês de janeiro, com o indicador estabilizando em um patamar considerado elevado. O estudo foi divulgado pela Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio-CE).

A proporção dos consumidores com contas ou dívidas em atraso teve queda de 2,3 pontos percentuais, indo para 15,0% neste mês. Os problemas financeiros afetam mais as mulheres (15,7% afirmam possuir contas em atraso), o grupo com idade superior a 35 anos (17,0%) e com renda familiar inferior a cinco salários mínimos (16,3%).
 
A principal justificativa para o atraso, citado por 60,6% dos consumidores, é o desequilíbrio financeiro, a diferença entre a renda e os gastos correntes, e o tempo médio de atraso é de 67 dias. O segundo motivo mais citado é o adiamento por conta do uso dos recursos em outras finalidades, com 30,5%, seguindo pela contestação da dívida (12,9%).
 
Comprometimento de Renda

Os instrumentos de crédito mais utilizados pelos consumidores são: cartões de crédito, citados por 79,0% dos entrevistados; o financiamento bancário (veículos, imóveis etc.), com 14,2%; os carnês e crediários, com 7,5%, e os empréstimos pessoais (7,2%).
 
O valor médio das dívidas é estimado em R$ 1.254 e prazo médio de sete meses, comprometendo 27,8% da renda familiar dos consumidores com o seu pagamento.
 
Inadimplência potencial

A taxa de inadimplência potencial, ou seja, a proporção de consumidores que não terão condições financeiras para honrar seus compromissos, teve queda de 0,4 pontos percentuais, chegando a 5,5%, este mês. Apesar do crescimento da taxa geral de endividamento, a queda na inadimplência potencial indica uma boa qualidade de crédito.  
 
O perfil do consumidor inadimplente mostra preponderância do grupo de consumidores do sexo masculino (5,7%), com idade acima de 35 anos (6,6%) e renda familiar entre cinco e dez salários mínimos (6,4%), inspirando cuidados, principalmente nos grupos com menor renda e maior dependência do mercado de trabalho.
 
Orçamento familiar

A Pesquisa de Endividamento também revela que 84,1% dos consumidores de Fortaleza afirmam fazer orçamento mensal e acompanhamento eficaz dos seus gastos e rendimentos, o que contribui para um melhor controle dos níveis de endividamento. 7,9% relataram que fazem orçamento dos rendimentos, mas sem controle eficaz dos gastos e 8,0% dos entrevistados informaram não possuir orçamento e tampouco controle dos gastos.

A falta de planejamento orçamentário é um problema crítico para o controle do endividamento, estando sempre entre um dos principais motivos para o atraso ou inadimplência. Dos fatores que os consumidores consideram que mais contribuem para esse problema, listam-se:

  • A falta de orçamento e controle dos gastos, com 41,2%;
  • As compras por impulso, sem necessidade ou além do necessário, com 26,3%;
  • O aumento dos gastos considerados essenciais, com 23,9%;
  • Compras antecipadas, com 22,3%; e
  • Redução dos rendimentos, com 12,5%.
Redação O POVO Online
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