Relação entre etanol e gasolina atinge em SP menor nível no período desde 2009
De acordo com os especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder da gasolina.
Na primeira semana de janeiro de 2014, o nível estava em 68,23% e, na semana inicial de 2013, estava em 69,65%. Nos mesmos períodos de 2012, 2011 e 2010, a relação entre etanol e gasolina ficou em 71,58%, 70,06% e 71,06%, respectivamente.
Na análise específica sobre o comportamento isolado dos preços dos combustíveis no IPC, o valor médio da gasolina apresentou alta de 0,18% na primeira quadrissemana do mês (últimos 30 dias encerrados em 7 de janeiro) ante avanço de 0,65% no encerramento de dezembro.
Quanto ao etanol, a alta do combustível mudou pouco entre o fim do mês passado e o começo do atual, mas continua indicando tendência de aceleração. No levantamento da Fipe por meio do IPC, o valor médio do derivado da cana subiu 2,50% contra avanço anterior de 2,47%.
Para o coordenador do IPC, André Chagas, o etanol tende a começar a sofrer maiores efeitos de um período de entressafra mais para o fim de janeiro e, principalmente, quando começar o mês seguinte. "Pelo retrospecto dos anos anteriores, janeiro ainda é um período de certa estabilidade e, a partir de fevereiro, que começam os maiores aumentos", lembrou. "Agora, tem um pouco do fim da safra ajudando na recomposição de preços, mas ainda não estamos no período de grandes ajustes", disse.