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Maciel vê normalidade para acesso de empresas ao mercado externo

13:10 | 23/01/2015
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, avaliou nesta sexta-feira, 23, que as empresas brasileiras continuarão a ter acesso ao mercado de capitais em 2015 assim como já ocorria no ano passado. Ele fez essa observação ao comentar os possíveis impactos do pacote de estímulos anunciado nesta quinta-feira, 22, pelo Banco Central Europeu (BCE), de 1,1 trilhão de euros. "Esses movimentos (de política monetária) vinham sendo antecipados e a composição do nosso cenário é de normalidade de acesso para os agentes brasileiros ao mercado externo", disse.

Segundo Maciel, o cenário também é de estabilidade para a balança comercial diante do socorro à economia europeia anunciado pelo BCE. "No nosso cenário para 2015, o que a gente tem como base em termos um quadro de estabilidade", afirmou.

Maciel disse também que ainda é cedo para fazer uma avaliação sobre os reflexos do QE sobre o mercado interno, em especial em relação ao programa de swaps cambiais iniciado em agosto de 2013. Desde então, o BC tem injetado recursos na economia diariamente para proteger agentes de oscilações bruscas da cotação do dólar. A posição do BC atual com essas operações está na casa de US$ 110 bilhões.

O programa, que já foi reduzido em termos quantitativos desde o seu lançamento, tem previsão para continuar até pelo menos o fim de março deste ano. Previsto para durar inicialmente, até pelo menos o final de 2013, já foi prorrogado três vezes.

Veículos

Ainda de acordo com Maciel, a remessa de lucros e dividendos do setor de veículos teve desempenho bem mais inexpressivo em 2014 do que em anos anteriores. Em bebidas, química e metalurgia, no entanto, foram destaques. "Afinal, não pode faltar uma cervejinha na mesa do brasileiro", disse ao se referir ao avanço US$ 2,839 bilhões em 2013 para US$ 3,778 bilhões, alta de 33%.

Dentro da indústria, o segmento de bebidas foi o principal, com participação de 17,8% no total das remessas de lucros feitas pelo setor produtivo. O setor de automóveis, que sempre é um destaque, este ano foi superado pela indústria química e metalúrgica, ficando em quarto lugar entre os segmentos que mais enviaram recursos para fora do País, com US$ 884 milhões. Ano passado eles remeteram US$ 3,290 bilhões - recuou de 73,13%. A participação da indústria automotiva no total de remessas caiu de 13,8% em 2013 para 4,2% em 2014.

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