Maciel vê normalidade para acesso de empresas ao mercado externo
Segundo Maciel, o cenário também é de estabilidade para a balança comercial diante do socorro à economia europeia anunciado pelo BCE. "No nosso cenário para 2015, o que a gente tem como base em termos um quadro de estabilidade", afirmou.
Maciel disse também que ainda é cedo para fazer uma avaliação sobre os reflexos do QE sobre o mercado interno, em especial em relação ao programa de swaps cambiais iniciado em agosto de 2013. Desde então, o BC tem injetado recursos na economia diariamente para proteger agentes de oscilações bruscas da cotação do dólar. A posição do BC atual com essas operações está na casa de US$ 110 bilhões.
O programa, que já foi reduzido em termos quantitativos desde o seu lançamento, tem previsão para continuar até pelo menos o fim de março deste ano. Previsto para durar inicialmente, até pelo menos o final de 2013, já foi prorrogado três vezes.
Veículos
Ainda de acordo com Maciel, a remessa de lucros e dividendos do setor de veículos teve desempenho bem mais inexpressivo em 2014 do que em anos anteriores. Em bebidas, química e metalurgia, no entanto, foram destaques. "Afinal, não pode faltar uma cervejinha na mesa do brasileiro", disse ao se referir ao avanço US$ 2,839 bilhões em 2013 para US$ 3,778 bilhões, alta de 33%.
Dentro da indústria, o segmento de bebidas foi o principal, com participação de 17,8% no total das remessas de lucros feitas pelo setor produtivo. O setor de automóveis, que sempre é um destaque, este ano foi superado pela indústria química e metalúrgica, ficando em quarto lugar entre os segmentos que mais enviaram recursos para fora do País, com US$ 884 milhões. Ano passado eles remeteram US$ 3,290 bilhões - recuou de 73,13%. A participação da indústria automotiva no total de remessas caiu de 13,8% em 2013 para 4,2% em 2014.