Em janeiro deste ano, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou alta de 0,2% na comparação com dezembro, e queda de 8,6% em relação a janeiro de 2014. O índice permanece acima da zona de indiferença, indicando um nível favorável.

O nível de confiança das famílias com renda abaixo de dez salários mínimos mostrou queda de 0,3% na comparação mensal. Já as famílias com renda acima de dez salários mínimos apresentaram elevação de 1,8%. Na mesma base comparativa, os dados regionais revelaram que a maior retração ocorreu na região Sul de 3,5%, e a melhor avaliação ocorreu na região Sudeste, com aumento de 1,8%.

Segundo a pesquisa o elevado custo do crédito e o alto nível de endividamento ainda são os motivadores do desaquecimento na intenção de compras a prazo.

De acordo com a assessora econômica Juliana Serapio, a tendência é que intenção de consumo continue a cair por conta do custo maior do crédito e das altas inflacionárias. "Não há perspectiva de crescimento dessa intenção de consumo para os próximos seis meses. Mesmo para as famílias de rendas maiores o pessimismo em relação a economia ainda é muito forte", afirma.

Para Juliana, é necessário que os preços dos alimentos e serviços diminuam para gerar um alívio no orçamento das famílias e a intenção de compra volte a crescer.