Governo lança plano de escoamento da safra 2014/15
Entre as ações que serão anunciadas pelos ministros da Secretaria de Portos, Edinho Araújo, da Agricultura, Kátia Abreu, e dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, está a utilização de 426 embarcações nas hidrovias Madeira e Tapajós. As barcaças formam o sistema de transporte do chamado Arco Norte, corredor logístico que o governo cria na região para diminuir a pressão no Porto de Santos, principal porta de saída do agronegócio.
O plano prevê, ainda, melhorias na BR-163, cujo trecho entre o Mato Grosso e o Pará foi reformulado. A rodovia é parte do Arco Norte, ao lado das hidrovias. O escoamento da safra também será feito com a otimização dos agendamentos no Porto de Santos. "Essa iniciativa lançada no ano passado deu resultados positivos", disse o ministro Edinho.
Produção
A ministra Kátia Abreu destacou o ritmo de crescimento da produção de grãos na região formada pelos Estados de Maranhão, Piauí, Tocantins, Piauí e oeste da Bahia (Matopiba), classificada por ela como "última fronteira agrícola do mundo", como responsável pela alta de 5% esperada para a safra de grãos 2014/15. "Esse sim foi o crescimento exorbitante no Brasil, com mais de 60% de aumento na produção e, o mais importante, sem desmatamento", disse, ressaltando o aumento da produção do campo a partir da década de 1970.
A ministra, contudo, ressaltou que o aumento não trouxe impacto negativo na logística do agronegócio, que exporta principalmente pelos Portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), em virtude da existência dos terminais de Itaqui (MA) e de Belém (PA). "Sem isso, teríamos uma dificuldade tão grande como nos tempos de (ocupação agrícola) Mato Grosso", afirmou.
A estimativa é de que, em 2015, o volume do complexo da soja, principal item da pauta de exportação do agronegócio, será 6,2% maior do que no ano passado, alcançando 64,2 milhões de toneladas de soja e farelo. "Nós estamos trabalhando em conjunto e os Ministérios de Transportes e Portos já conhecem os volumes (produzidos) e poderão organizar o escoamento dos portos e as vias", disse Kátia Abreu.