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Confiança do comércio cai 13,4% em 2014, pior índice dos últimos anos

Foi o maior recuo anual do indicador em toda a série histórica da pesquisa, iniciada em março de 2011.

08:50 | 06/01/2015
O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), fechou 2014 com queda de 13,4% na comparação com dezembro de 2013. Esse foi o maior recuo anual do indicador em toda a série histórica da pesquisa, iniciada em março de 2011.

A marca de dezembro é a maior do ano e a quarta queda consecutiva de 2014, com 2,5%.
 
A estagnação da economia e o menor crescimento das vendas nos últimos 11 anos são responsáveis pela perda de confiança por parte dos empresários do comércio, diz a CNC.

Segundo o economista da entidade, Fabio Bentes, desde 2003 o comércio não tem um desempenho tão fraco. “Dadas a trajetória recente do índice e a ausência de sinais claros de recuperação dos fatores de sustentabilidade das vendas do setor, o ano de 2015 deverá impor novos desafios à retomada da confiança por parte dos empresários”, afirma Bentes. Para 2015, a entidade projeta alta de 3,6% nas vendas.

De acordo com Bentes, o mês de dezembro apresenta alta expetativa dos empresários pelo crescimento das vendas, o que não aconteceu no ano de 2014, apesar do aumento das vendas em relação a novembro, as marcas ficarm abaixo do esperado pelos empresários o que acabou 'puxando o índice de confiança ainda mais para baixo'.

Apesar dos resultados insatifatórios de 2014, os empresários têm uma visão otimista para este ano.

Os empresários apresentaram baixas intenções de investimento em contratação de funcionários, máquinas, equipamentos e estoques para o primeiro semestre de 2015. “A queda na intenção de investimentos em máquinas e equipamentos esbarra não somente no ritmo mais fraco das vendas, como no custo mais elevado de captação de recursos por parte das empresas”, avalia o economista da Confederação.

"As novas medidas do Governo Federal para a economia podem afetar o comércio a curto prazo. A inflação dos serviços está alta e corroe o orçamento das famílias, e a saída para economizar é diminuir o consumo, o que afeta diretamente o comércio. Mas os empresários ainda mantém o otimismo para este ano em geral", afirma Bentes.  

Para o economista as regiões Norte e Nordeste devem continuar liderando o varejo nacional e crescendo mais que a média do País. "Hoje o comércio brasileiro cresce 2,5%, enquanto o Nordeste cresce 4,5%", diz.
Redação O POVO Online
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