Brasil Plural: comunicado sucinto do BC dá margem a outra alta em março
A outra possibilidade, escrevem os economistas Mesquita, Priscilla Burity e Rafael Ihara, é manter o ritmo de 0,50 ponto porcentual, que "seria uma resposta à desafiadora perspectiva sobre a inflação e que, provavelmente, será reforçada pelos dados do índice de inflação do primeiro trimestre". Os economistas ainda afirmam que "interromper o ciclo (de aumento da Selic) ou realizar um aumento de 0,75 ponto porcentual na próxima reunião parecem possibilidades simplesmente improváveis e que não estão sinalizadas nas comunicações recentes nem justificadas no cenário global".
Os economistas ainda observam que, particularmente nesse momento, a comunicação do Banco Central entre as reuniões será chave para analisar as intenções e o racional dos membros do Copom. Por ora e sob a ressalva de que aguardam a divulgação da ata do Copom no dia 29 de janeiro para compreender as motivações do comitê, a equipe do Brasil Plural espera um aumento de 0,25 ponto porcentual na reunião de março. "Entretanto, nós estamos vivendo, assim como o Copom e a maioria de outros bancos centrais, no modo altamente dependente dos dados", escrevem os analistas.