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Balança comercial de produtos gráficos tem déficit de US$ 204,2 mi em 2014

10:50 | 26/01/2015
Em 2014, a balança comercial de produtos gráficos registrou um déficit de US$ 204,2 milhões, resultado de US$ 289,61 milhões em exportações e US$ 493,82 milhões em importações. O déficit, no entanto, foi 24% inferior ao registrado em 2013, quando fechou o ano em US$ 269,62 milhões negativos. Os dados são do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

A relativa melhora da performance, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), ocorreu por conta do aumento de 3,8% nas exportações e queda de 10% nas importações.

Segundo a Abigraf, a apreciação do real contribuiu para a piora dos saldos comerciais entre 2005 e 2011. "Existe uma defasagem entre as mudanças no câmbio e os movimentos da balança. Mas esperamos que a atual depreciação cambial traga maior equilíbrio. Outros fatores que influenciaram esse resultado foram a piora na demanda externa e o expressivo encarecimento da produção brasileira, que tem prejudicado a competitividade de toda a indústria nacional", avalia o presidente da entidade, Levi Ceregato.

Para 2015, a expectativa é de que o efeito câmbio não será benigno, gerando uma pressão sobre os custos que não poderá ser repassada plenamente ao preço final.

Segmentos

O segmento de embalagens foi o que mais exportou no ano passado, com 38,5% das vendas externas de itens gráficos, com US$ 111,6 milhões e 71 mil toneladas de produtos. Venezuela e Uruguai, com 20% cada, acompanhados por Paraguai, com 8%, foram os maiores mercados.

O segundo maior exportador foi o setor de cartões impressos, com 32,9% do total, equivalentes a US$ 95,4 milhões e 819 mil toneladas. México (16%), Chile (14%) e Argentina (11%) constituíram os principais destinos.

Com 10% do total exportado, o segmento de cadernos ficou no terceiro lugar do ranking, com US$ 30,3 milhões e 17,7 mil toneladas de produtos. Estados Unidos concentraram 77% das compras. O segmento promocional registrou aumento de 35% nas vendas externas na comparação com 2013.

Já as importações foram lideradas pelos itens editoriais, como livros e revistas, com 36,5% do total, equivalente a US$ 180,4 milhões e 25,2 mil toneladas de produtos. China (24%), Hong Kong, Reino Unido e Estados Unidos, com 15% cada, foram os que mais se beneficiaram com as importações brasileiras desses produtos.

Embalagem foi o segundo item mais importado, com 21,7% do total. As gráficas brasileiras de embalagens enfrentaram concorrência de China (39%), Espanha (17%), Suíça e Estados Unidos (8% cada). Cartões ocuparam o terceiro lugar, com 20,7% das importações de produtos gráficos, sendo que Estados Unidos (34%), Suíça (27%) e França (11%) ocuparam os postos de principais fornecedores.

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