Abradee: distribuidoras terão de comprar 1,8 mil MW médios no curto prazo
Em tese, segundo Leite, o problema das distribuidoras será definitivamente resolvido na metade do ano, quando chegará ao mercado a energia proveniente de usinas mais antigas, cujos contratos de concessão estão por vencer. O executivo disse que a expectativa é que esse volume de energia atinja 2 mil MW médios.
Na avaliação de Leite, a licitação realizada hoje teve como único benefício a previsibilidade dos preços da energia para as distribuidoras. Essa energia foi contratada praticamente pelo teto, por R$ 387,07 por megawatt-hora (MWh), em contratos de três e seis meses. Com isso, as empresas poderão repassar os preços para as tarifas já nas Revisões Tarifárias Extraordinárias (RTE) que serão realizadas em fevereiro.
Do ponto de vista financeiro, porém, praticamente não houve vantagem para o consumidor residencial, que receberá essa energia a um custo muito semelhante ao cobrado no mercado à vista. Segundo Leite, tampouco haverá benefício financeiro para as distribuidoras, pois essa energia é paga três vezes por mês, diferentemente da comprada no mercado spot, que é paga apenas uma vez.