Tendências faz leitura positiva de resultado fiscal de novembro
"Nossa primeira leitura é de um bom sinal olhando para 2015", afirmou. Ele destaca que, do lado das receitas, pesou o fato de praticamente não haver entrada de dividendos em novembro. Já na outra ponta as despesas de custeio tiveram um leve aumento, no que poderia significar uma tentativa de diminuir o peso do equilíbrio das contas em 2015. "Nos dois casos, deixa clara a preocupação do governo em reduzir o uso da chamada contabilidade criativa", disse.
Segundo Lavieri, a equipe da presidente Dilma Rousseff parece ter entendido que o mercado já não está olhando para 2014. "Nos últimos meses de anos anteriores, era comum que o governo lançasse mão de tudo o que podia para cumprir a meta de superávit. Isso não está acontecendo desta vez", avisou.
Ainda assim, de acordo com o economista, o governo deve usar algumas ferramentas contábeis em dezembro, para fechar o ano com um superávit prometido, de R$ 10,1 bilhões. "Mas não é nada de outro mundo de se conseguir, e as receitas do leilão 4G vão ajudar", afirmou.
Lavieri acredita que as mudanças que a nova equipe econômica vem sinalizando não se darão apenas no plano contábil, o que é visto de forma positiva pelo mercado. "Redução do peso dos bancos públicos na economia, aumento de receitas em parte pelo aumento de alíquotas, diminuição de subsídios e desonerações, geração de um superávit primário que seja crível. As sinalizações nesse sentido têm sido bem feitas até o momento", disse.
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