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01:30 | Dez. 17, 2014
Autor Beatriz Cavalcante
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Beatriz Cavalcante Articulista quinzenal do O POVO
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Tipo Notícia

Escolher o nome do filho não é fácil, ainda mais quando ele terá 20 metros de altura. Esse processo de escolha, para construtoras e incorporadoras, já começa junto com o nascimento do projeto do empreendimento. É por meio das características que a construção terá, seja de modernidade, sustentabilidade, entre outros, é que o nome vai se formatar.

 

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Alguns pais esperam chegar perto do nascimento, ou seja, do lançamento do empreendimento, para decidir que nome irá colocar. “Geralmente a gente deixa para nomear quando tem a imagem 3D do projeto”, esclarece Felipe Capistrano, gerente comercial e de incorporação da Mota Machado.


Ele diz que as concepções do nome são debatidas em reunião por um comitê interno da construtora, junto com a Íntegra Comunicação, agência de publicidade. “A gente passa o briefing do produto para eles, escolhe o público alvo, analisa a localização e a agência gera algumas opções”, diz.


Já a Construtora Manhattan tenta envolver o máximo de pessoas possíveis na decisão: áreas comercial, marketing, sala técnica, superintendência, agência de comunicação e design. “Acreditamos nas diferentes opiniões das áreas envolvidas no desenvolvimento do empreendimento”, ressalta Keli Simões, diretora de comunicação da Manhattan.


Por outro lado, alguns pais já são bem decididos e já sabem como vão chamar seus empreendimentos antes mesmo da criança nascer. É o caso do BS Design Corporate Tower. Um projeto de um edifício comercial que já tinha um nome formatado na mente de Beto Studart, presidente da BSPAR Incorporações.


“Até dois anos atrás a escolha do nome do empreendimento era muito solta e não tinha influência muito grande na liquidez. Hoje o nome passou a ter importância muito grande e ele influencia sim o cliente a querer comprar”, conta o diretor da Agência Bando, Giácomo Brayner, que tem como cliente a Incorporadora BSPAR.


Língua do nome

O diretor de Criação da Íntegra comunicação, Paulo Fraga, explica que, no caso de Mota Machado, utiliza-se muitas palavras da língua portuguesa: “Único, Símbolo, Mirante do Parque, Contemporâneo, Alto do Parque, Dom, Reserva do Horto, Mirante Theresina, Soberano e tantos outros”.

 

E quando a construção dialoga com uma arquitetura de inspiração neoclássica, diz, pode-se utilizar palavras de origem latina ou grega. “Por exemplo, Ilhas Gregas, Momentum, Naturam, Via appia, Pericumã”, exemplifica Fraga.


No caso da Construtora Manhattan, a tradição da empresa é utilizar nomes americanos. “Buscamos ter nos nomes dos empreendimentos uma continuidade da identidade da empresa, sempre utilizando locais, cidades, parques que tenham charme e sofisticação”, detalha a diretora de comunicação da Construtora.


Em vez de escolher palavras estrangeiras, há construtoras que preferem utilizar, em sua maioria, nomes em português. “Usamos o nome da avenida Santos Dumont. Fizemos um link entre arquitetura do prédio e a aviação, e homenageamos um brasileiro precursor da modernidade em todo o mundo. Assim nasceu a Torre Santos Dumont”, enfatizou Jayme Leitão, arquiteto, urbanista e diretor da Reata Arquitetura & Engenharia.

 

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