FGV: previsão para IPC-S de 2014 sobe de 6,4% para 6,8%
A revisão, diz, deve-se a dois grupos: Administrados e Serviços. "Por isso a inflação está numa situação pouco confortável. É justamente a correção dos preços represados que começa a ser feita", avaliou. Segundo a FGV, a alta acumulada dos preços administrados em 12 meses finalizados em novembro acelerou de forma expressiva para 10,52%, ante 5,68%. Já a variação acumulada de Serviços atingiu 13,45% na comparação com 12,53% anteriormente.
De acordo com o economista da FGV, o avanço do IPC-S em novembro ainda foi influenciado pelo encarecimento dos alimentos, como carnes bovinas, hortaliças e legumes, por causa da estiagem prolongada. "É muito mais o efeito do clima do que da sazonalidade", disse. A taxa do primeiro item passou de 2,22% na terceira leitura do mês para 3,05%, enquanto a do segundo foi de 8,80% para 10,67%. Além disso, o IPC-S sentiu um pouco mais o efeito do reajuste recente da gasolina e nas tarifas de energia elétrica.
Dentre os alimentos in natura, a batata inglesa subiu 58,80% e ficou entre as maiores contribuições positiva do IPC-S, com 0,08 ponto porcentual - ligeiramente inferior ao impacto de 0,10 de tarifa de eletricidade, cuja taxa foi de 3,73%. Já a influência do aumento da gasolina foi de 0,05 ponto porcentual. "Como a variação da gasolina foi de 1,90% e na ponta (pesquisas mais recentes) está avançando, acima de 2,00%. Deve ficar na direção do aumento de 3% anunciado para as refinarias. Espera-se que seja repassado tudo ao consumidor. A exemplo de gasolina, tarifa de eletricidade ainda vai seguir pressionando ao longo de dezembro", estimou.
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