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Empreiteiras investigadas têm recursos do FI-FGTS

08:20 | Dez. 13, 2014
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Beneficiárias de financiamentos do FI-FGTS, as empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato da Polícia Federal foram questionadas pela Caixa sobre o nível de envolvimento no esquema de corrupção. Oito das dez maiores construtoras brasileiras foram citadas na operação que investiga esquema de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras.

Algumas delas são sócias do FI-FGTS ou possuem financiamento com recursos do fundo.

Os advogados das construtoras garantiram à Caixa que as empresas sob investigação fazem parte das holdings, mas não têm contratos isolados com o FI-FGTS. Por exemplo: a PF investia a Odebrecht, grupo que mais tem negócios com o fundo, cerca de R$ 4 bilhões.

Das 15 empresas do grupo, as duas que têm participação do fundo (Ambiental e Transport) não estão sendo investigadas pela PF, garantem. Na carteira de negócios da unidade de transporte estão grandes empreendimentos, como as rodovias Dom Pedro (SP) e BR-163 (MT), o Aeroporto Internacional do Galeão e a Linha 6 do metrô de São Paulo.

A Odebrecht Energia é uma das sócias da Santo Antônio Energia, concessionária da Hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira (RO).

No mês passado, a reunião do comitê de investimento do FI-FGTS foi cancelada por falta de quórum: a bancada do governo alegou que não poderia participar, quatro horas antes do início do encontro.

Nos bastidores, alguns integrantes do comitê disseram ao Estado que o governo não queria aprovar a operação que favorecia à Queiroz Galvão, empresa investigada na operação Lava Jato. "Evitaram o desgaste da divulgação de que o dinheiro do trabalhador estava sendo repassado para uma empresa investigada por corrupção", disse um integrante do FI-FGTS.

A sociedade entre a Queiroz Galvão Energias Renováveis, braço do grupo que é ligado à produção de energia alternativa, e o FI-FGTS foi aprovada em dezembro de 2013. Mas, como o desembolso dos recursos, destinados à ampliação de parques eólicos no Nordeste não foi feito nos nove meses seguintes, é preciso um novo aval do comitê.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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