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Eles instalaram e aprovaram

01:30 | Dez. 10, 2014
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Vindo de um país em que há cultura de energia limpa, o alemão Thorsten Findensein instalou um equipamento fotovoltaico da B&Q Renováveis em seu telhado. “Aqui (no Brasil) a energia é gerada principalmente pelas hidrelétricas. Aí a previsão é de falta de água e também financeiramente a conta de energia está mais cara”, justifica a compra do equipamento.


Já Geraldo Magela, coordenador de projetos da Idibra - incorporadora e construtora Dias Branco, relata que muitos riram dele quando teve a ideia de fazer um empreendimento residencial com aerogerador. “Mas a empresa me apoiou e fizemos o Green Life 1, em 2008, e hoje temos o 2 e estamos concluindo o 3”.


Investindo na construção de prédios sustentáveis, a Idibra também utiliza lâmpadas LED, aquecimento da água com placas solares, coleta seletiva de lixo e de óleo servido de cozinha, utilização de vidro duplo para redução da entrada de calor e economia de ar-condicionado, etc. “Como eu fiz e deu certo, o público começou a cobrar a sustentabilidade nos prédios, que hoje é uma tendência”, comemora Magela.

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Mas para que a mini e microgeração de energia sejam realmente vantajosas, ainda falta o poder público diminuir as taxas. Findensein, por exemplo, tem uma conta de luz de R$ 500 mensais e esperava ter um retorno dos R$ 41 mil investidos no equipamento solar em 6 anos, mas paga R$ 200 somente com a taxa de iluminação pública mais 17% de ICMS sobre a energia gerada.


O Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Ceará (Sindienergia-CE) negocia para que as empresas que gerem sua própria energia tenham, além da redução na conta de luz, descontos no Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), de acordo com o espaço que a placa solar ocupar, e no ICMS, beneficiando também os consumidores residenciais geradores de energia.


O presidente do Sindienergia-CE, Elias Sousa, diz que o assunto ainda está em negociação com o Governo do Estado e com a Prefeitura de Fortaleza e que foi contemplado na “Agenda da Indústria”, entregue ao governador eleito, Camilo Santana, no dia 28 de novembro.


“Conversamos também com o BNB (Banco do Nordeste do Brasil) sobre financiamento para projetos de geração de energia das empresas. O que também pode beneficiar pessoas físicas”, diz. (Beatriz Cavalcante)

 

Instalação


- Antes da instalação de aerogeradores e placas solares, é necessária a apresentação de projeto elétrico à Coelce por um profissional/empresa habilitado


- A Coelce faz a troca do medidor por um eletrônico bidirecional.


- As concessionárias poderão cobrar a diferença do medidor.

 

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