Custo do trabalho na indústria sobe 11,6% de 2010 a 2014, diz Firjan
O aumento no CUT foi disseminado, atingindo 13 dos 15 segmentos industriais pesquisados. Os segmentos de Meios de Transporte e Têxtil registraram elevação próxima a 30%, refletindo principalmente uma forte queda da produção no período. As indústrias de Alimentos e Bebidas, Borracha e Plástico, e Máquinas e Equipamentos tiveram crescimento em torno de 20%. Outros setores que registraram elevação acima da média do País foram Metalurgia Básica (+15%) e Minerais Não Metálicos (+11,9%). Os únicos que apresentaram redução do indicador no período foram Madeira (-18,9%) e Coque, Refino de Petróleo e Biocombustíveis (-0,3%).
A Firjan ressalta que o aumento do CUT tornou a indústria brasileira menos competitiva no cenário internacional. Numa comparação com países desenvolvidos centrais (Estados Unidos, Reino Unido e França), periféricos (Itália, Espanha) e da América Latina com estruturas econômicas similares à brasileira (Colômbia e México), o Brasil foi o que apresentou o crescimento mais elevado no CUT. O resultado ficou acima, inclusive, do registrado pela França (+5,8%) e Reino Unido (+5,2%), conhecidos pelo alto custo da mão de obra e fraco desempenho econômico no período pós-crise.
As maiores quedas no custo do trabalho foram registradas pela Colômbia (-12,7%) e México (-6,3%). Segundo a Firjan, esses países conseguiram fazer reformas que possibilitaram a redução dos custos de produção e ampliação da competitividade de suas economias.
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