Ata do Copom aponta para ajuste fiscal no início de 2015, avalia a Tendências
Com isso, segundo Alessandra, o "call" da Tendências é de uma nova alta, de 0,25 ponto porcentual, na Selic em janeiro (ante 0,50 ponto porcentual na reunião deste mês), para 12% ao ano, com a permanência da taxa básica de juros nesse patamar ao longo de 2015. A economista considerou "coerente" o Copom reconhecer na ata que a inflação persistirá no curto prazo, resultado, de acordo com ela, do aumento de impostos e dos preços administrados no próximo ano.
No entanto, Alessandra discordou do cenário apontado pelo Copom de que haverá uma convergência da inflação para o centro da meta em 2016. "O cenário de convergência para meta em 2016 é pouquíssimo provável, pois ainda teremos forte pressão de administrados naquele ano, principalmente de energia elétrica", explicou.
Ainda sobre o ajuste fiscal, Alessandra entende que a equipe econômica "anunciará medidas duras, com aumento de impostos e corte de gastos", as quais darão "conforto ao mercado" e contribuirão para segurar a Selic em 12% no próximo ano. "O ajuste fiscal será relevante, pois temos de sair de 0,6% (do PIB) de déficit primário (em 2014) para superávit de 1,2% (em 2015), uma reversão forte, de 1,8 (ponto porcentual). Mas é um ajuste crível", concluiu.
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