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Petrobras criará nova direção para governança, sem decisões tomadas ou nomes cogitados

Em decorrência a denúncias, divulgação ocorreu nesta segunda-feira, 17, em reunião com analistas e investidores
15:46 | Nov. 17, 2014
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Após denúncias de corrupção na Petrobras, a companhia pretende criar uma diretoria de compliance para analisar os casos e aprimorar mecanismos de controle e de governança. As informações foram prestadas pela presidente da estatal, Graça Foster, nesta segunda-feira, 17, mas já havia sido apresentada ao Conselho de Administração na última sexta-feira, 14.

"Obtivemos autorização para aprofundamento, para apresentação de proposta, para criação a ser apresentada ao colegiado da diretoria. Foi um apoio unânime que recebemos do nosso conselho de administração", relatou a presidente durante a conferência para investidores.

Graça comentou que ainda não existe uma decisão sobre a proposta da compliance ou nomes cogitados para a possível diretoria. "Não existe decisão tomada porque não temos autoridade para isso. Nem sequer de nome [de um novo diretor]".

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Corrupção e investigação

Graça Foster falou ainda na conferência para investidores que a Petrobras tem como dever a resolução de denúncias de corrupção. "Nunca vivemos isso. Para nós, por si só, já nos faz sairmos do nosso estágio atual. Todos nós temos anos de Petrobras. Isso tudo é muito penoso. Isso nos ajuda a buscar fortemente todos os instrumentos", disse.

Sobre as ações realizadas pela companhia, a presidente relembrou 60 ações implantadas entre 2012 e 2014, além de uma contratação de escritórios de advocacia independentes para investigações do antigo diretor, Paulo Roberto Costa. Este contrato custará cerca de R$ 19 milhões à empresa.

Operação Lava Jato

A divulgação do balanço do terceiro trimestre da Petrobras foi adiada por conta das denúncias da Operação Lava Jato. O prazo era para o dia 14, mas Graça Foster disse que "a companhia não está pronta para divulgar as informações contábeis".

Como divulgou O POVO, nesta segunda-feira, 17, senadores da oposição defendem a continuidade de apuração de corrupção deflagrada pelo Lava Jato, da Polícia Federal.

A presidente diz que "essas denúncias podem impactar potencialmente as demonstrações" da divulgação do balanço.

Redação O POVO Online 

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