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Negociação para aluguel de vaga na garagem requer cuidados

01:30 | Nov. 19, 2014
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Tipo Notícia
No período em que a avó da empresária Nathália Andrade, 29, ficou sem utilizar a vaga do prédio em que reside, um vizinho abusou: estacionava o carro na vaga dela e alugava a própria vaga. ”Quando descobrimos a situação, fomos tratar direto com ele e tudo ficou resolvido”, recorda.

Já no condomínio em que mora, no Cocó, Nathália nunca passou por problemas. Há três anos a necessidade obriga alugar a vaga de uma vizinha. “O prédio dispõe de duas vagas por imóvel e a gente aluga a garagem toda, ou seja, duas vagas presas, por R$ 150 (R$ 75 cada) por mês”, descreve.


O processo foi conduzido na informalidade. “Eu mesma fui na casa dela porque sabia que não tinha carro, perguntei se estava disposta. Ela quis ceder sem pagar, mas nós insistimos. Apenas avisamos ao síndico, para não acharem que estávamos usando sem permissão”, diz. “Ela me dá um recibo, só para eu ter controle, mas não é nada formal. É importante que os outros vizinhos fiquem sabendo. O síndico comunicou no flanelógrafo. Mas nunca tive problema”, garante.


Em Fortaleza, a situação se repete em outros bairros. Para o presidente da Associação das Administradoras de Imóveis do Ceará (Aadic) e diretor-superintendente da Alessandro Belchior, Germano Belchior, a recomendação é que haja mudança de comportamento. “É importante tentar fugir da informalidade. Você fica mais sujeito a problemas”, afirma.

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Por isso, sugere: “procurar fazer um acordo com prazo determinado, condições e cláusulas bem estabelecidas. Examinar se aquela pessoa corresponde a propriedade dela, pois pode estar alugando uma que não pertence a ela. E procurar fazer esse processo através de uma empresa administradora que tenha experiência na prática”. (Viviane Sobral) 

 

FIQUE ATENTO!
Com o problema de carros demais para vagas de menos, a vice-presidente de condomínio do Sindicato da Habitação do Ceará (Secovi-CE), Lilian Alves, cita que surgiu a ideia, em um prédio na Capital, de disponibilizar as vagas de visitantes para aluguel entre os condôminos. O assunto foi levado para assembleia. Lilian conta ainda um episódio ocorrido no bairro Dunas: os moradores de um condomínio de casas de alto padrão decidiram comprar um terreno ao lado e criar mais vagas. “Era por adesão, teve quem comprou uma, duas, ou mesmo nenhuma”, lembra.

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