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Levy irá para a Fazenda, e Barbosa assumirá o Planejamento

O mercado cria boas perspectivas com o anúncio de Levy e acredita que ele seja o nome para difícil tarefa de ajustar a economia
14:00 | Nov. 21, 2014
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A presidente Dilma Rousseff (PT) anunciará nos próximos dias Joaquim Levy como novo ministro da Fazenda e Nelson Barbosa como titular do Planejamento.

Ambos integravam equipe do primeiro governo petista. Levy já foi secretário do Tesouro durante primeiro mandato do ex-presidente Lula (PT). Já Barbosa é ex-secretário-executivo da Fazenda.

Dilma deve anunciar ainda a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para o Ministério da Agricultura e o senador Armando Monteiro (PTB-PE) para o Desenvolvimento e Indústria. Os nomes seriam oficializados nesta sexta-feira, 21, mas o Planalto decidiu adiar o anúncio.  

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[SAIBAMAIS 1]O mercado já cria expectativa em torno das indicações. A holding japonesa Nomura abriu uma recomendação de venda de dólar nesta sexta-feira, 21, mesmo antes do anuncio oficial do nome de Levy. "Nós acreditamos que Joaquim Levy muito provavelmente será indicado para o time econômico, provavelmente como ministro da Fazenda", diz o texto assinado por Tony Volpon, diretor de pesquisas para a América Latina.

"Ortodoxo e pró-mercado"

Volpon comenta que Levy é conhecido como um formulador de políticas ortodoxo e pró-mercado, que deve ajudar na difícil tarefa de ajustar a economia. Atualmente ele chefia a divisão de gestão de ativos do Bradesco. "Após a nomeação dele nós esperaríamos o anúncio de um plano fiscal crível nas próximas semanas. Tal anúncio seria essencial para restaurar a confiança do mercado", afirma o texto. O analista diz esperar um plano plurianual que leve a um resultado primário adequado para estabilizar a dívida pública.

O relatório diz ainda que o surpreendente anúncio da China nesta sexta, de cortar as taxas de juros, é positivo para as moedas emergentes no médio prazo. "Esse afrouxamento deve ajudar o desempenho econômico da China e favorecer economias altamente dependentes do dinamismo chinês, como o Brasil."

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