Itaú Unibanco prevê agora PIB menor em 2015, de 1,1%
Segundo o relatório assinado pelo economista-chefe, Ilan Goldfajn, a instituição espera um superávit primário de 1,2% do PIB em 2015, já considerando um ajuste fiscal significativo, que incluiria recomposição de alíquotas desoneradas, como a CIDE e o IPI, e a criação ou reedição de novos impostos.
Além disso, é esperado maior controle nos gastos com seguro-desemprego e previdência, corte em investimentos públicos e um esforço maior por parte dos governos regionais. O banco diz ainda que as revisões para o primário contam com uma desaceleração das despesas discricionárias nos últimos meses do ano e alguma recuperação na arrecadação tributária e cerca de R$ 20 bilhões de receitas não recorrentes no último trimestre do ano.
Inflação
O banco também elevou a previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2015 para 6,5%, no teto da meta, ante previsão anterior de 6,4%. Segundo a instituição essa previsão já considera uma taxa de câmbio maior e parcialmente compensada por preços menores de commodities e pelos efeitos de uma taxa básica de juros mais elevada.
A estimativa do banco para o dólar agora é de R$ 2,50 para 2014 e de R$ 2,70 para 2015. Para o esforço da política monetária, no entanto, o Itaú Unibanco manteve previsão de taxa Selic a 12% no começo de 2015. O banco ressalva, no entanto, que o tamanho desse ajuste também dependerá do comportamento da taxa de câmbio.
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