Início de 2015 será fraco para o comércio, estima CNC
"Temos uma previsão de que, até abril (de 2015), as vendas devem crescer entre 2,5% e 3,5% (em relação a igual período do ano anterior). Será muito mais parecido com 2014, um ano de crescimento fraco. Com as condições atuais, não tem muito como recuperar", disse Bentes, citando ainda a recente retomada das altas na taxa básica de juros, a Selic, pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Na última quarta-feira, 29, a Selic foi elevada em 0,25 ponto porcentual, para 11,25%.
Nesse contexto, a previsão de crescimento de 2,6% nas vendas do Natal em relação ao desempenho de 2013 está com viés de baixa. O resultado deverá ser o pior em 11 anos, ressaltou Bentes. A previsão de vendas do varejo restrito (sem veículos e material de construção) para o ano todo de 2014, atualmente em alta de 3,5%, também deve ser ajustada para baixo diante dos dados mais recentes de comércio e mercado de trabalho.
Segundo o economista, uma inflação mais baixa seria determinante para a recuperação do comércio, seguida posteriormente por uma redução nas taxas de juros. "Sabemos que a inflação vai ceder, mas o comércio vai pagar um pouco desse preço. Haverá uma desaceleração no consumo de bens, pois os serviços são mais resistentes à Selic", ressaltou Bentes.
A desaceleração da atividade, porém, também se firma como um obstáculo à recuperação do comércio, citou o economista da CNC. No último Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 03, com projeções coletadas pelo Banco Central junto a analistas do mercado financeiro, o crescimento esperado para a economia brasileira ficou em 0,24% em 2014 e 1,00% em 2015.
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente