Empresas buscaram menos crédito em outubro, diz Serasa
Na comparação de outubro com setembro, a baixa procura atingiu todos os portes empresariais, mas especialmente as micro e pequenas, que registraram uma retração de 0,7% em relação ao mês anterior. Nas médias empresas a queda foi um pouco menor, de 0,6% frente a setembro/14. Já nas grandes empresas, a demanda por crédito ficou praticamente estável em outubro, acusando variação de -0,1% ante setembro.
No acumulado de janeiro a outubro de 2014, as grandes empresas lideraram a alta da demanda empresarial por crédito com expansão de 6,5% frente o mesmo período do ano passado. Nas micro e pequenas empresas o crescimento neste mesmo período foi de 5,7% ao passo que nas médias empresas houve recuo de 3,6% na procura por crédito no acumulado de janeiro a outubro de 2014.
Segundo a Serasa Experian, houve uma pequena expansão (0,2%) na procura por financiamento por parte das prestadoras de serviços em outubro perante setembro. Na mesma base de comparação, tanto as empresas comerciais quanto industriais reduziram a demanda por crédito em 1,3% e 1,6%, respectivamente.
Em períodos mais longos, o comportamento dos setores comercial e industrial é positivo. Entre janeiro e outubro de 2014, a demanda da indústria cresceu 6,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. No comércio o crescimento foi de 2,8%. O setor de serviços foi o que teve a maior expansão, com um aumento de 7,4%.
Observando a evolução do apetite por crédito nas regiões brasileiras, nota-se que o Centro-Oeste e o Norte continuam buscando formas de se financiar. No Centro-Oeste, cresceu 8% em relação a setembro. No Norte, 0,3%. Já no Sudeste, houve queda de 0,7%. As maiores retrações ocorreram no Nordeste (-1,6%) e no Sul (-3,6%).
Na comparação dos de janeiro a outubro de 2014 com o mesmo período do ano passado, todas as regiões mostram um aumento na demanda. As regiões Centro-Oeste e Norte registram os maiores avanços, com altas de 10,6% e de 10,3%, respectivamente. No Nordeste, foi de 7,1%. Nas regiões Sul e Sudeste, as altas foram bem menores, de 3,7% e de 3%, respectivamente.
O indicador reflete basicamente o número de consultas de instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras à base de dados da Serasa que contempla 1,2 milhão de CNPJs. No levantamento, não há uma indicação sobre para qual tipo de crédito - para investimento, capital de giro, etc. - e com quais prazos as companhias estão se candidatando.
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