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CNI: G-20 deve priorizar investimentos em infraestrutura

15:00 | Nov. 14, 2014
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Os países do G-20 devem priorizar investimentos em infraestrutura e manter o compromisso de criar um sistema que facilite a mobilização de recursos para projetos a serem desenvolvidos nos países emergentes, defendeu nesta sexta-feira, 14, a Confederação Nacional da Indústria (CNI). "Essa é a mensagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para a reunião dos chefes de Estado do G-20", cita nota divulgada hoje pela entidade.

"Infraestrutura é a área que pode contribuir com peso maior para o crescimento e o desenvolvimento das economias, além de ter o potencial de elevar em 2% o Produto Interno Bruto (PIB) mundial nos próximos cinco anos", cita a nota. A CNI considera também que o ambiente global ainda é frágil e que o G-20 deve priorizar ações capazes de gerar um clima para a recuperação da confiança dos investidores privados.

Sobre a decisão do Banco Mundial de lançar o financiamento de infraestrutura global, a CNI considera que tal iniciativa cria mecanismos e assistência técnica para dar suporte à preparação de projetos, melhorar o ambiente regulatório e apoiar a modelagem para auxiliar na mobilização de recursos. A CNI considera, entretanto, que somente será possível tirar o máximo proveito das linhas de crédito e da experiência privada se os projetos apresentados e os marcos regulatórios forem de qualidade, seguros e transparentes.

Na avaliação da Confederação Nacional da Indústria, os países do grupo devem desenvolver projetos de investimentos de infraestrutura e regulações compatíveis com as melhores práticas globais. "Essa recomendação vai estimular o crescimento econômico e a criação de empregos. No caso do Brasil, as obras precisam sair do papel. A qualidade dos projetos e a regulação em infraestrutura são fundamentais para atrair investimentos", comenta, na nota divulgada hoje, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

A CNI defende a continuidade de reformas estruturais capazes de garantir a sustentabilidade fiscal no médio prazo, melhorias na operação dos mercados de trabalho e formação de recursos humanos, acordos comerciais voltados para eliminação de barreiras ao comércio e investimentos, simplificação dos procedimentos aduaneiros nos países do G-20, melhoria da infraestrutura de comércio e acordos de reconhecimento mútuo entre os países do grupo.

Decisões

As 20 maiores economias do mundo costuram um acordo para tentar acelerar a execução de projetos de infraestrutura. A reunião do G-20, que será realizada neste final de semana (15 e 16 de novembro), em Brisbane, litoral da Austrália, anunciará a criação da nova instância chamada de Iniciativa Global de Infraestrutura (GII, na sigla em inglês) para fazer a ponte entre investidores, financiadores e governos. Parte dos participantes do G-20 defende que um problema crescente não é a falta de financiamento, e sim a ausência de novos e bons projetos.

O plano do G-20 é que o novo GII seja como uma central de informações sobre empreendimentos em todo o mundo. Grosso modo, a instância deseja ter papel no setor de infraestrutura comparável à de organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na esfera macroeconômica. Para isso, o GII vai defender a adoção "das melhores práticas" que favoreçam a disseminação de dados, comparação de projetos e tornem os empreendimentos mais atrativos aos investidores.

A presidente Dilma Rousseff chegou às 21h36 de quarta-feira, horário local, ao Hotel Royal On the Park, localizado no centro da cidade australiana de Brisbane, para participar do encontro. Após a viagem entre Catar e Austrália, que contou ainda com uma parada em Cingapura, o avião presidencial pousou no aeroporto de Brisbane às 20h48, também hora local.

Dilma estava acompanhada do ministro de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, e do assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia. A filha da presidente Dilma, Paula Rousseff, também integra a comitiva. Ao chegar ao hotel, Dilma foi cumprimentada por várias autoridades brasileiras, entre elas, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

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