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Brasileiros devem gastar 30% a mais com presente de Natal

87% dos brasileiros pretendem presentear neste Natal, revela estudo do SPC Brasil. Intenção de gasto médio por presente aumenta para R$122. Shopping é o local preferido para compras, mas 20% dos presentes devem ser pedidos pela internet
13:31 | Nov. 04, 2014
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Tipo Notícia

Neste ano, 87% dos consumidores deverão comprar pelo menos um presente no período do Natal, um aumento de 20 pontos percentuais na comparação com 2013 (67%). Apenas 3% disseram que não vão comprar nada para dar de presente e outros 10% ainda estão na dúvida ou não souberam responder. Além disso, o valor médio gasto com cada presente deve saltar de R$ 86,59 no Natal passado para R$122,40 em 2014, o que significa um aumento real, já descontada a inflação, superior a 30%. Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
 
O estudo constata que, em média, cada consumidor deverá comprar quatro presentes neste fim de ano, mesma quantidade observada no Natal de 2013. Apesar de demonstrarem a intenção de adquirir o mesmo número de presentes que no ano passado e o ticket médio ser superior para este ano, parcela significativa dos entrevistados afirma querer gastar menos com os presentes de Natal. Se em 2013 o percentual dos que queriam diminuir os gastos com os presentes era de 13%, em 2014, eles passam a corresponder a 33% dos entrevistados. Outros 40% pretendem gastar a mesma quantia que no ano passado e apenas 27% dos consumidores ouvidos estão dispostos a desembolsar mais neste ano do que no Natal de 2013.
 
“Esses números podem indicar que os entrevistados estão receosos com as despesas de Natal, em virtude da queda da confiança do consumidor, que é consequência direta da piora na geração de empregos, do menor crescimento dos salários dos trabalhadores, além da atividade econômica mais fraca. O consumidor quer presentear, mas sabe que o momento é de cautela e os gastos devem ser mais bem pensados”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Preços mais elevados

Mais da metade dos entrevistados (51%) relata a impressão de que os preços estão mais caros este ano. Entre aqueles que consideram ter havido alta de preços em relação ao ano passado, a sensação de inflação elevada é o principal motivo apontado pelos entrevistados (70%). Essa percepção é ainda mais disseminada entre os consumidores das classes C, D e E (78%).
 
A lista de preferência dos consumidores considerando os itens a serem comprados traz as roupas na primeira posição, com 77%, seguidas dos calçados (50%) e perfumes/cosméticos (45%). Na comparação entre 2013 e 2014, percebe-se o crescimento do interesse em produtos como calçados (de 38% para 50%), perfumes e outros cosméticos (de 33% para 45%) e smartphones (de 12% para 20%). Há uma predominância maior de mulheres que presenteiam calçados (55%) e de homens que presenteiam smarthphones (24%). Quem decide presentear alguém leva em conta, principalmente, o perfil do presenteado (47%), o desejo de quem ganha (20%) e o preço do presente (11%).

Pagamento

As formas de pagamento mais utilizadas nas lojas brasileiras, segundo os entrevistados, serão o dinheiro (50%), o cartão de crédito parcelado (27%) e o cartão de crédito à vista (10%). Para quem vai parcelar os presentes, a média é de cinco prestações por compra. Houve um crescimento significativo de consumidores que pretendem parcelar as compras no cartão. No Natal do ano passado o percentual era de 16% e subiu para 27% neste ano.

Já os locais preferidos para as compras devem ser os shopping centers (62%), seguidos pelas lojas virtuais (40%) e pelas lojas de rua (27%).

 

Redação O POVO Online

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