Lisboa: superávit primário hoje roda em torno de zero
"Houve uma deterioração impressionante dos números fiscais, uma insegurança grande das contas. Você não sabe exatamente quanto de dívida está sendo contratada para os próximos anos. E a correção deste mês é parte do problema", afirmou, referindo-se ao resultado das contas públicas divulgado na terça-feira, 30 de setembro. "Não temos apenas uma perda da credibilidade dos números, mas uma piora fiscal que compromete as contas públicas nos próximos anos", acrescentou.
Lisboa destacou que hoje o Brasil está se endividando. Segundo ele, "voltamos a ter uma trajetória de crescimento da dívida, de piora dos indicadores". "E essa dívida vai ter que ser paga mais na frente", alertou.
O economista avaliou ainda que, apesar de a inflação e a política monetária desapontarem analistas atualmente, isso "não tem comparação com o desapontamento e a frustração que existem com a política fiscal". "Corrigir a política monetária não é tão difícil, porque ela não desviou tanto das boas práticas. Houve perda, mas ela é controlada. Agora não tem comparação com a piora fiscal", avaliou. As afirmações foram feitas em entrevista à imprensa após Lisboa participar do 4º Congresso Internacional de Gestão de Riscos, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
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