IGPs desaceleram em outubro, mas FGV não espera deflação
"Não vai haver deflação. A gente teve deflação durante três meses (de maio a julho), depois se recuperou um pouco. Agora vai passar de raspão, mas não vamos entrar num novo ciclo de deflação. Ainda mais com esses pequenos choques agrícolas, que acabam tirando o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) do negativo", previu Quadros.
O IGP-M teve alta de 0,13% na segunda prévia de outubro, contra um aumento de 0,31% na segunda prévia de setembro. O economista da FGV explica que algumas matérias-primas agropecuárias, como a soja, estão renovando as quedas nos preços, derrubando também os derivados industrializados, como o farelo de soja.
"A soja está caindo mês após mês, porque o cenário da safra nos Estados Unidos este ano é o melhor possível", apontou. "A soja já caiu 19,32% este ano", completou.
Quadros lembrou também que o adiamento da retomada do crescimento global tem ajudado a derrubar preços de insumos industriais como minério de ferro e petróleo. O que impede que o indicador arrefeça mais é o aumento de alguns produtos agrícolas, afetados pela estiagem no País.
"O que perturba um pouco são algumas culturas que estão sendo afetadas por essa segunda rodada de seca, como o café", justificou o superintendente da FGV.
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