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FGV estima IPC-S de outubro semelhante ao de setembro

12:30 | Out. 01, 2014
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O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) medido pela Fundação Getulio Vargas deve registrar em outubro uma taxa semelhante à de setembro, afirmou André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV.

Em setembro, o IPC-S registrou inflação de 0,49%, acelerando ante os 0,12% de agosto e muito próximo das projeções feitas pelo coordenador do IPC-S, Paulo Picchetti, de 0,50%. Braz acrescentou que, se a taxa de outubro de fato for semelhante à de setembro, essa será uma inflação menor que a de outubro de 2013, quando o IPC-S avançou 0,55%.

Isso significa que a inflação em 12 meses pode ficar mais estável, acrescentou. No mês passado, a inflação ganhou força na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando a alta havia sido de 0,30%. A taxa em 12 meses está em 6,97% até setembro, enquanto no acumulado do ano a alta é de 4,93%.

No entanto, Braz informou que o índice de difusão aumentou na passagem de agosto para setembro, de 59% para 63%, o que sinaliza uma disseminação da alta dos preços. O núcleo do índice acelerou de 0,38% para 0,43% e também corrobora essa tese. "Isso torna o IPC-S mais engessado, com pouca margem para recuar para uma taxa abaixo de 6,5% em 2014", explicou.

Ao comentar as projeções para outubro, Braz afirmou que há uma tendência de inversão de variáveis, na qual o peso da carne bovina pode diminuir um pouco e o dos alimentos in natura acelerar - essa aceleração nos preços dos alimentos in natura é normal em épocas mais quentes do ano, explicou. Dessa forma, esses movimentos compensariam um ao outro.

Os preços da carne bovina têm sido apontados como um dos vilões da inflação nas últimas leituras. Braz afirmou que esse movimento se deve a uma série de fatores, como aumento das exportações, desvalorização do real, questões de custo e o auge da seca no inverno. "O principal movimento de alta foi captado em setembro", disse.

Braz ainda projetou que os preços das carnes de aves e suínos podem mostrar resultados mais fortes em outubro, enquanto os combustíveis podem ter uma inflação mais discreta, refletindo o aumento da mistura do álcool na gasolina.

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