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Bradesco prevê alta do desemprego em setembro para 5,3%

15:40 | Out. 20, 2014
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Tipo Notícia
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve divulgar na quinta-feira, 23, faltando três dias para o segundo turno da eleição presidencial, que o desemprego no Brasil subiu para 5,3% em setembro, de 5% em agosto, segundo previsão do Bradesco. Se esse resultado se concretizar, seria o maior nível desde setembro do ano passado, quando a taxa estava em 5,4%. De acordo com o banco, a retomada do crescimento da população economicamente ativa (PEA) para níveis históricos e o esfriamento da atividade econômica são os principais fatores por trás do desempenho morno do mercado de trabalho brasileiro nos últimos meses.

O Bradesco aponta que as pesquisas do IBGE têm mostrado uma forte queda na PEA nos últimos 12 meses, o que tem ajudado a manter as taxas de desemprego baixas. Porém, há uma previsão de que a PEA comece a subir, o que, juntamente com a fraca atividade econômica, deve fazer com o que desemprego avance para 5,5% nos próximos trimestres.

"Houve uma queda de 0,4% no total da população empregada nos últimos seis meses em termos anualizados, segundo a PME. Os números do registro formal de criação de empregos (Caged) apontam basicamente para a mesma direção, embora tenham uma faixa diferente: a criação líquida de empregos formais nos últimos meses caiu perto de zero em termos sazonalmente ajustados", diz o banco no seu relatório semanal enviado a clientes. Os setores mais afetados são a indústria e a construção, com quedas anuais de 2,9% na criação de emprego, enquanto no varejo houve retração de 0,3% e nos serviços foi registrado um avanço de pouco menos de 1%.

Segundo o Bradesco, esse ritmo de criação de empregos é compatível com um crescimento praticamente zero do PIB. Considerando as previsões do banco, de que a economia deve acelerar de 0,5% este ano para 1,5% em 2015, a população empregada deve crescer cerca de 1% no próximo ano. "Nesse contexto, nossa expectativa de um ajuste na taxa média de desemprego (de 4,9% em 2014 para 5,7% em 2015) é baseada quase inteiramente no retorno da taxa de participação para níveis normais", explica o relatório.

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