Bolsas europeias têm forte queda após decisão do BCE
Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX fechou com queda de 1,99%, aos 9.195,58 pontos, acompanhada de CAC-40, da Bolsa de Paris, que caiu 2,81%, para 4.242,67 pontos. A maior desvalorização, no entanto, foi vista em Milão, onde o FTSE-MIB recuou 3,92%, para 19.894,88 pontos. O Ibex-35, da Bolsa de Madri, baixou 3,12%, para 10.418,10 pontos e, em Lisboa, o PSI-20 caiu 3,30%, para 5.495,70 pontos. Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 teve retração de 1,69%, aos 6.446,39 pontos.
O desempenho negativo reflete em grande medida as perdas registradas pelas ações do setor financeiro. Os papéis do Commerzbank e do Deutsche Bank caíram 5,15% e 3,16%, respectivamente, em Frankfurt; Em Paris, houve forte baixa nas ações do Société Generale (-5.1%), do BNP Paribas (-3.5%) e do Credit Agricole (-3.4%). Na Bolsa de Milão, os papéis do Intesa Sanpaolo recuaram 5,50% e as UniCredit caíram 4,84%, enquanto em as ações do Santander perderam 3,92% e as do BBVA caíram 3,61% em Madri. Em Londres, os papéis do Lloyds caíram 1,99%, acompanhados pelos do Barclays (-2,86%) e do HSBC (-1,06%).
Na reunião de hoje de política monetária, o BCE manteve inalteradas as taxas de juros e não sinalizou qualquer estímulo adicional à economia da zona do euro. Diante dos sucessivos sinais de enfraquecimento da atividade na região, grande parte dos analistas e investidores esperava que a autoridade monetária fosse anunciar mais medidas de incentivo econômico - o que não se confirmou. Em coletiva de imprensa, Draghi apenas detalhou os planos já existentes do BCE para comprar ativos conhecidos como ABS e bônus cobertos, e ressaltou que permanecem os riscos negativos para o crescimento da zona do euro. (Francine De Lorenzo, com informações da Dow Jones Newswires - francine.delorenzo@estadao.com)
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