Unctad avalia que economia global enfrenta marasmo
No documento, a Unctad defende que para romper o ciclo de baixo crescimento é preciso adotar políticas alternativas à austeridade fiscal e ao crescimento via exportações. A receita da agência é fortalecer a demanda, favorecendo o crescimento real de salários e a maior distribuição de renda. Também acena que, para eliminar inconsistências, as políticas fiscal e monetária sigam uma mesma direção, expansionista.
A piora da expectativa da agência para a economia global este ano vem da constatação de taxas de crescimento menores do que as antecipadas em países europeus e da América Latina, a situação dramática em países africanos, com a epidemia do Ebola, e o "barril de pólvora" no relacionamento da Rússia com seus vizinhos e conflitos nos países do Oriente Médio, diz Antonio Carlos Macedo, professor do Instituto de Economia da Unicamp e responsável pela divulgação do estudo no Brasil.
"A economia global ainda não se recuperou e não superou uma situação de marasmo nas economias, arriscada e insustentável. Seis anos após a crise, o que se vê é um crescimento anormalmente lento", diz Macedo.
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