Rebaixamento reduziria investimentos, diz economista
Um eventual rebaixamento eleva os custos dos empréstimos para investir porque esse é resultado de um mix entre o custo da dívida pública brasileira e o custo do financiamento privado, disse. "Projetos que faziam sentido podem deixar de fazê-lo", avaliou. Isso pode ser um balde de água fria nos planos dos principais candidatos à presidência da República. Todos apostam em novas concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) para elevar as taxas de investimento no País.
"Se é uma empresa estatal e há ordem para fazer investimentos, ela vai fazer", explicou. "Mas, se é uma empresa privada, que faz conta e tem de responder aos acionistas, ela vai pensar duas vezes."
Esse quadro é agravado, segundo o economista, pelo "colapso da confiança" que tomou conta do setor. "Investir é uma aposta no futuro, por isso é preciso que haja previsibilidade", afirmou. Ainda mais se o projeto é de 20 ou 30 anos, como é o caso das concessões em infraestrutura. Mas, ao contrário disso, há uma percepção dos agentes econômicos que "a equipe econômica está perdida". Não existe uma trajetória clara que permita a eles esperar uma melhora no cenário.
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