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Indicador de Clima Econômico piora na AL, indica a FGV

08:40 | Ago. 13, 2014
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O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina recuou 7,0% no trimestre encerrado em julho em comparação aos três meses até abril, para 84 pontos, o menor nível desde julho de 2009 (80 pontos), segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) em parceria com o instituto alemão Ifo. Em abril, o índice trimestral havia registrado 90 pontos.

De acordo com os componentes do indicador, houve piora principalmente na percepção do cenário atual. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu de 82 pontos para 72 pontos, o menor nível desde outubro de 2009, enquanto o Índice de Expectativas (IE) passou de 98 pontos para 96 pontos. "Pelo segundo trimestre consecutivo, os três indicadores síntese da pesquisa ficaram na zona desfavorável do clima econômico (abaixo dos 100 pontos)", ressaltou a FGV, em nota.

Entre os 11 países-alvo da pesquisa, o Brasil apresentou uma das pioras mais intensas no clima econômico. O indicador do País passou de 71 pontos em abril deste ano para 55 pontos no trimestre encerrado em julho, uma queda de 22,5%. Na comparação com igual período de 2013, o recuo foi de 27,0%.

A FGV ressaltou ainda que o ICE do Brasil se manteve novamente abaixo do indicador da Argentina, que caiu de 75 pontos para 57 pontos. Assim, o indicador de clima econômico brasileiro supera apenas o da Venezuela na lista, que permanece no valor mínimo de 20 pontos.

Em nível mundial, o ICE teve melhora e alcançou 116 pontos no trimestre até julho, de 113 pontos na leitura anterior, ficando acima do ICE da América Latina, influenciado por melhores avaliações sobre as economias de Estados Unidos e Ásia.

A Sondagem Econômica da América Latina serve ao monitoramento e antecipação de tendências econômicas, com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países. A pesquisa é aplicada com a mesma metodologia em todos os países da região. Para a edição até julho de 2014, foram consultados 1.146 especialistas em 121 países. Na América Latina, foram 140 analistas ouvidos. A escala oscila entre o mínimo de 20 pontos e o máximo de 180 pontos. Indicadores superiores a 100 estão na zona favorável e abaixo de 100 na zona desfavorável.

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