IBGE propõe acordo para encerrar greve de servidores
Em reunião realizada nesta sexta na sede do instituto, no Rio de Janeiro, foi apresentada uma proposta aos grevistas sobre o pagamento dos salários descontados e a reposição dos dias parados. "Se houver retorno ao trabalho até a quarta-feira, 13 de agosto, ainda será possível pagar o mês de julho na próxima folha de pagamento", informou o sindicato, em nota.
Quanto aos salários dos meses de maio e junho, o sindicato disse que a direção se comprometeu a negociar com o Ministério do Planejamento para que sejam pagos em uma única parcela.
O IBGE confirmou que as propostas foram apresentadas aos representantes do ASSIBGE-SN, mas que o acordo para que os grevistas voltem ao trabalho só poderá ser assinado depois que o fim da greve for aprovado nas assembleias regionais, que serão realizadas em todas as unidades do instituto pelo País ao longo da próxima segunda e terça-feira.
Caso as assembleias decidam pelo retorno ao trabalho, como indicado pela plenária do sindicato nacional, a direção propôs firmar os termos do acordo já na quarta-feira que vem.
A greve de servidores no IBGE teve início em 26 de maio. A paralisação impediu a divulgação da taxa de desemprego para as seis principais regiões metropolitanas do País, apurada pela Pesquisa Mensal de Emprego. Os dados de Salvador e Porto Alegre não ficaram prontos a tempo por dois meses consecutivos, referentes a maio e junho, e até hoje não foram divulgados. A coleta das informações da Pnad Contínua também atrasou em seis Estados.
O órgão informou que a adesão de funcionários ao movimento grevista está atualmente em 8% e que a Diretoria de Pesquisas está realizando um levantamento para verificar o que foi prejudicado e o que está atrasado por causa da paralisação.
Os grevistas tinham uma extensa pauta de exigências no início do movimento, mas não houve avanço nas negociações. A direção do instituto mostrou-se irredutível até sobre a principal reivindicação do sindicato, que era a reintegração de temporários que não tiveram seus contratos renovados por terem aderido à greve.
A única concessão da direção foi no sentido de formar dois grupos de trabalho: o primeiro para formular um projeto de carreira para os servidores que permita a equiparação dos salários aos de órgãos do ciclo de gestão, como o Banco Central; e outro grupo para avaliar a questão dos temporários dentro do instituto.
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