Fipe: Índice de Serviços sobe 0,73% na 1ª quadrissemana
A taxa do IGS ficou bem distante da registrada pelo tradicional Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da mesma Fipe. Entre a leitura final de julho e a primeira medição de agosto, a inflação captada pelo indicador geral do instituto passou de 0,16% para 0,21%.
Conforme o coordenador do IPC e do IGS, André Chagas, a principal explicação para a diferença é comportamento do item energia elétrica, que, no IGS, tem um peso ainda maior do que no IPC. Em ambos os índices, a tarifa apresentou elevação de 5,33% contra variação positiva anterior de 2,61%.
Outro detalhe importante é que o IPC vem sendo bastante aliviado por uma parte do grupo Alimentação que não entra no IGS: a de alimentos no domicílio. O índice de Serviços capta apenas a parte de Alimentação Fora do Domicílio, que subiu 0,32% na primeira quadrissemana de agosto ante avanço de 0,38% no fim de julho. No IPC, o grupo Alimentação apresentou, na primeira leitura do mês, uma deflação de 0,67%, ainda mais intensa que a de 0,58% do encerramento de julho.
Segundo Chagas, como a Fipe ainda espera impactos ainda maiores do recente reajuste de energia elétrica na inflação paulistana, é bastante provável que a diferença entre os indicadores até aumente na sequência do mês. "Para agosto, podemos esperar o IGS acima do IPC por conta justamente da energia elétrica", afirmou ao Broadcast da Agência Estado.
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