Fiemg: faturamento da indústria mineira cai em junho
"O desaquecimento do mercado nacional em virtude da Copa do Mundo, da maior seletividade dos bancos na concessão de crédito para compra de veículos e da queda de confiança do consumidor diante do cenário de baixo crescimento econômico influenciou o resultado negativo", explicou a Fiemg, em nota enviada à imprensa. O faturamento real vem apresentando quedas cada vez mais acentuadas desde março, com o fraco desempenho nos mercados doméstico e externo. Além disso, a retração nos investimentos e no consumo das famílias influenciou o primeiro semestre fraco.
A entidade mencionou que outro fator relevante foi o recuo na demanda internacional, devido às restrições impostas pela Argentina à importação de veículos. "Para o segundo semestre é esperada uma recuperação moderada no comportamento da indústria, passada a Copa do Mundo, com a interrupção do ciclo de alta das taxas de juros e com as medidas de estímulo ao crédito anunciadas pelo Banco Central", apontou a Fiemg.
As horas trabalhadas e a massa salarial acompanharam a retração na atividade produtiva, dado o menor número de horas extras, a concessão de feriados em função da Copa, a redução de turnos de produção e a concessão de férias coletivas em importantes empresas. Ante junho de 2013, houve diminuição de 4,35% e de 0,31%, respectivamente. Na comparação com maio, as quedas foram de 4,13% e 5,92%. No primeiro semestre, as horas trabalhadas diminuíram 1,85%, porém a massa salarial real acumulou aumento de 4,32%.
A utilização da capacidade instalada caiu 3,88 pontos porcentuais, passando de 87,15% em maio para 83,27% em junho. O indicador médio de utilização da capacidade instalada no primeiro semestre de 2014 foi de 84,79%, redução de 0,43 ponto porcentual, frente aos mesmos meses do ano anterior (85,22%).
Revisões de projeções
A Fiemg também fez uma revisão das suas principais projeções de indicadores econômicos e industriais para 2014. Para o PIB nacional, a entidade passou de uma expectativa de crescimento de 1,10% para 0,9%; para a produção industrial no País, passou de queda de 0,14% para diminuição de 1,15%, enquanto a produção de Minas Gerais terá um crescimento de 0,7% ante aumento de 2,78%.
Para as exportações brasileiras, a entidade acredita em um montante de US$ 241,8 bilhões ante US$ 244,04 bilhões da projeção anterior. Do total, Minas exportará US$ 31,7 bilhões. Antes, a Fiemg esperava que as vendas externas mineiras atingissem US$ 34,2 bilhões. A taxa de câmbio que a Fiemg espera para o final do ano é de R$ 2,35/US$ ante R$ 2,40/US$ da expectativa anterior.
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