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FGV: satisfação de consumidores com economia cai 13,6%

08:40 | Ago. 25, 2014
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Passados os efeitos positivos da Copa do Mundo sobre a confiança do consumidor, os brasileiros voltaram a se mostrar descontentes com a situação da economia atualmente. O indicador que mede o grau de satisfação em relação à economia no momento recuou 13,6% em agosto ante julho, de 75,7 pontos para 65,4 pontos, o pior resultado desde abril de 2009, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta segunda-feira, 25.

A queda intensa influenciou cerca de 60% do resultado negativo do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) deste mês, que recuou 4,3%, para 102,3 pontos, também o menor nível desde abril de 2009. Segundo a FGV, a proporção de consumidores que avaliam a situação como boa diminuiu de 16,7% em julho para 12,5% em agosto, enquanto a fatia dos que a julgam ruim aumentou de 41,0% para 47,1% no período.

Para os próximos meses, os consumidores também se voltaram novamente ao pessimismo relação à economia. O indicador que mede o grau de otimismo com a economia caiu 3,9%, para 90,8 pontos. Segundo a FGV, a parcela de consumidores projetando melhora diminuiu de 22,9% para 22,1% entre julho e agosto. No mesmo período, a proporção dos que preveem piora avançou de 28,4% para 30,3%.

O resultado do ICC praticamente anula os avanços registrados em junho e julho deste ano. À época, a instituição destacou que os resultados podem ter sido influenciados pela Copa do Mundo. Em junho, a avaliação de que os empregos temporários trariam folga à situação financeira das famílias deixou os brasileiros mais confiantes, e o ICC subiu 1,0%.

No mês passado, o aumento da satisfação dos consumidores persistiu, pelo menos até o dia 08 de julho, quando o Brasil foi derrotado pela Alemanha por 7 a 1. Depois daquele dia, o ICC recuou um pouco, embora o movimento não tenha anulado os ganhos anteriores - o saldo foi positivo em 3,0% no mês.

Hoje, a FGV ressaltou em nota que o resultado de agosto "decepciona" quem esperava reversão da tendência de queda iniciada em 2012, diante da retomada da insatisfação dos brasileiros em relação à economia.

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