FGV: alimentação fora de casa desacelera no IPC-S
Apesar de o item figurar entre as maiores contribuições de alta no IPC-S da segunda pesquisa de agosto, que ficou em 0,08%, após 0,16% na primeira prévia, Picchetti disse que em levantamentos mais recentes os preços de alimentação fora de casa já estão recuando. "Desde outubro de 2011, este item não tem uma variação negativa. Há desaceleração de refeições em bares e restaurantes. Parece um primeiro sinal de impacto. Vem na esteira da atividade enfraquecida, de menos oferta de emprego e renda mais baixa", disse.
Picchetti disse que, mesmo com os indícios claros de acomodação dos preços, ainda é preciso aguardar as próximas pesquisas para saber se os sinais de arrefecimento no grupo Serviços vão se confirmar. "É sempre um enigma. Contava com uma desaceleração há alguns meses, mas que não veio. Parece não haver mais espaço para continuar do jeito que estava, com alta dos preços (em restaurantes) constante", estimou. "Há tempos temos comentado que os restaurantes estão muito caros. Pode já estar começando a acontecer um esgotamento da capacidade de aumento dos preços", completou.
O coordenador do IPC-S ainda observou que os preços dos produtos industrializados e comercializáveis estão com taxas mais brandas, inclusive num contexto de câmbio um pouco mais apreciado. Os itens comercializáveis tiveram deflação de 0,01%, ante elevação de 0,06% na primeira leitura de agosto. Já os industrializados tiveram alta de 0,01%, após 0,07%.
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