Dobra a procura de armazéns para alugar
"Olhando para os números da economia, que apontam para reduções sucessivas do crescimento do PIB neste ano, o nosso cenário era de conservador para pessimista, mas aconteceu o contrário: os espaços alugados aumentaram", diz o diretor da gestora de imóveis, Mario Sérgio Gurgueira.
Ele explica que existe uma forte relação entre o desempenho do consumo das famílias e locação de armazéns por parte das empresas para estocar produtos. Quando o consumo cresce, os espaços alugados para estocagem também aumentam. Mas há uma defasagem de seis meses e, segundo a avaliação do executivo, o crescimento dos espaços alugados do 2º trimestre estaria refletindo o cenário econômico do 2º semestre de 2013, quando o consumo estava mais aquecido do que atualmente.
De acordo com a pesquisa feita nos Estados do Rio de Janeiro, de Pernambuco, do Paraná, Rio Grande do Sul, Amazonas, da Bahia e de São Paulo, que responde por quase 70% dos armazéns locados, os segmentos que puxaram para cima o mercado de aluguel de armazéns foram a indústria e o varejo de alimentos e bebidas. "Essas expansões estão ligadas ao consumo de produtos do dia a dia, que independe do crédito e está atrelado à renda, que continua crescendo, porém em ritmo menor."
Entre os destaques do 2º trimestre apontados pela pesquisa está a locação de cerca de 40 mil metros quadrados de armazéns na zona leste da Região Metropolitana de São Paulo para um centro de distribuição da rede de supermercados Dia%. No fim do mês passado, a rede anunciou a inauguração de cinco lojas na capital paulista. Outra locação destacada na pesquisa é da Ambev, que acrescentou 49,1 mil metros quadrados de armazenagem na região de Jundiaí. Procuradas, as empresas não deram mais detalhes.
A pesquisa mostra também que os preços da locação ficaram praticamente estáveis do 1º para o 2º trimestre e o índice de imóveis vagos caiu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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