Abecs prevê avanço de dois dígitos para setor em 2015
Neste ano, a expectativa de Abecs é que o volume movimentado alcance R$ 1 trilhão, com crescimento de 17% ante 2013. De janeiro a junho, a cifra chegou a R$ 455 bilhões, alta de 16,3% no comparativo anual e fez a Associação reiterar seu guidance (meta) para 2014.
"Devemos continuar a ver inflexão da curva do crescimento em 2015, mas setor de cartões ainda deve manter patamar de dois dígitos de avanço", reforçou Noronha, em coletiva de imprensa nesta terça-feira, 19.
Sobre o término dos acordos existentes entre bandeiras e adquirentes, ele disse que esse movimento deve ser realidade já no quarto trimestre deste ano. Segundo o presidente da Abecs, a entidade não vai arbitrar preços e condições, mas estimular players a chegarem a acordos privados.
"O término dos acordos vai acontecer de maneira ampla. Pode ter gente posicionada que não queria acordo, mas vamos continuar observando queda de preço no mercado brasileiro", destacou Noronha.
No primeiro semestre, as taxas de desconto ao lojista (MDR, na sigla em inglês) no cartão de crédito foi a 2,72% ante 2,98% em 2008. No débito, recuou para 1,53% contra 1,60%, na mesma base de comparação. A tendência do indicador, conforme reforçou Noronha, é de retração em meio à concorrência entre as adquirentes que atuam no setor, como Cielo e Rede (ex-Redecard).
Crediário
A padronização do crediário (crédito no POS) está avançando, mas esse processo não é trivial e, portanto, não deve sair este ano, segundo Noronha. "A Abecs tem um comitê sobre crediário e estamos conversando para implementar padrões no produto, mas padronizar não é trivial", afirmou.
De acordo com ele, o objetivo da Abecs é que os consumidores possam simular, independentemente da bandeira, adquirente, emissor, um financiamento com "clareza" e "padrão". Noronha destacou que a unificação de todo o sistema é extremamente complexa. "Não há um prazo para isso ocorrer", informou o presidente da Abecs.
Sobre a possibilidade de terminar o parcelamento no cartão sem juros, tema que ganhou força com a queda dos juros, ele disse que não há conversas no setor em torno desse assunto. No entanto, lembrou que os emissores são livres para autorizar tal prática. Noronha destacou, ainda, que há o limite da concorrência, uma vez que os bancos emissores concorrem bastante entre si.
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