SP e Rio só terão em 2018 internet móvel 4G em 700 MHz
Para o conselheiro da Anatel e relator do edital, Rodrigo Zerbone, essa espera até 2018 para que o serviço possa ser oferecido pelas empresas vencedoras do leilão não diminui o valor da frequência de 700 MHz. "Esse cronograma não desvaloriza a faixa porque já não seria possível para as teles entrar na frequência antes disso. Trata-se de uma questão técnica", justificou.
Segundo Zerbone, se as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro implantassem o 4G no 700 MHz antes do desligamento total da TV Analógica no restante dos dois Estados, haveria interferência de sinal entre os dois serviços. "Desligar em um município e não desligar em outro causa interferências de até 300 km de alcance", explicou.
O problema de São Paulo e Rio, acrescentou o conselheiro, é o fato de a faixa analógica entre 600 MHz e 700 MHz estar praticamente toda ocupada, o que permite uma menor margem de manobra para a acomodação dos canais que hoje se situam entre 700 MHz e 800 MHz. "Na maior parte do País é possível realocar as emissoras de TV e liberar a frequência antes mesmo do desligamento do sinal analógico, o que permite o início da operação do 4G em um prazo mais curto", completou. "O Norte e o Nordeste, por exemplo, são áreas com o espectro livre", concluiu.
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