Norte Energia pede 'perdão' por atraso
A dona da concessionária de Belo Monte, Norte Energia, entrou em maio com um pedido para exclusão de responsabilidade na Aneel. A empresa alega que paralisações causadas por invasões ou decisões judiciais afetaram o andamento das obras. Uma usina hidrelétrica precisa ser construída de acordo com o movimento das cheias dos rios, o que os engenheiros chamam de "janela hidrológica". Se perdem essa janela, o empreendimento é condenado com o atraso de pelo menos um ano. Como a Norte Energia entende que não teve culpa por perder essa janela, pede uma espécie de "perdão" pelo atraso.
No caso de Belo Monte, a pequena usina que está sendo construída no Sítio Pimental foi a mais afetada, pois já deveria entrar em operação em fevereiro de 2015. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, a usina tenta recuperar o atraso e iniciar as operações em setembro de 2015. Mas, por ter uma capacidade de geração de menos de 500 MW, dentro do projeto que vai gerar mais de 11 mil MW, o impacto de Pimental é pequeno. O consórcio tenta correr para colocar o sítio Belo Monte em operação no prazo acordado, que é de março de 2016.
Segundo um dos sócios da usina, essa correria se deve ao fato de que mesmo que a Aneel conceda o perdão pelo atraso, o retorno do empreendimento acaba sendo afetado, já que efetivamente a receita deixa de entrar. "Os primeiros anos de faturamento são fundamentais para a rentabilidade do projeto", diz o sócio, que não quis se identificar. "Já teremos impacto pelo atraso de Pimental." Outro importante sócio diz que a expectativa é de que, no geral, o atraso de Belo Monte seja de apenas de quatro meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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